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Eu poderia contar quantas vezes meu coração gritou de saudade de você. Poderia contar quantas lágrimas que dos meus olhos escorreram, mas isso realmente não importa, não mais.
Aprenda que sentir algo por alguém que ainda vive preso no passado é se aprisionar, se sufocar em si mesmo.
Por mais que você tente chamar a atenção, fazer as coisas certas, mudar certas manias suas, nunca será visto da maneira que se quer.
Com os olhos fechados para o que realmente acontece ao seu lado, você quer viver a vida de alguém (preso ao passado-presente). Fazer de alguém o seu refúgio, seu lar, seu mundo.
O que realmente importa nisso tudo?
Dizer que ama? - Não. O amor não é isso.
Não é deixar que os outros pisem em você. Não é deixar que seus sentimentos (se ainda existirem) lhe sufoquem.
E por mais que você nada diga, você demonstra.
Você quer gritar, chorar, bater e ir embora. Mas ao mesmo tempo quer ficar, se agarrar, morrer aqui. Presa nesse faz de contas. Nessa grande ilusão, que você finge que controla, mas que na verdade é ela que te controla.
Há quem diga que já basta, mas você não quer ouvir. Quer ir mais fundo, morrer aos poucos...
E desde o início você sabe que existe um véu que os separa. Você sempre soube, mas aqui você está, se matando aos poucos. Apodrecendo, cheirando a mofo.
Sorrisos, abraços... Falsas esperanças de que agora seremos felizes.
E os momentos que já foram vividos por outro amor, você só está trazendo as lembranças de volta. A vontade de viver tudo outra vez... mas não é a sua vontade, não.
Você está pequena em si mesmo.
Você já não sonha, não faz o que te dá vontade.
Você está morrendo, sem forças.
Você se deixou levar por mais uma ilusão.
Você nunca prometeu, não disse que ia cuidar, que nunca iria embora.
Mas embora nunca disse, fez!